A chave para a longevidade: A influência dos nutracêuticos no envelhecimento celular

À medida que os anos vão passando, nosso organismo sofre inúmeras alterações importantes, incluindo decréscimo dos níveis de hormônios sexuais, como testosterona e estradiol, piora da visão, queda na produção de colágeno, redução da massa óssea e diminuição da resposta à estímulos anabólicos. Embora faça parte do curso natural da vida, a ciência tem buscado, cada vez mais, entender o processo de envelhecimento, bem como todas as mudanças fisiológicas e metabólicas relacionadas a ele, com o intuito de reduzir seus impactos negativos, aumentar a longevidade e, principalmente, a qualidade de vida das pessoas.

Inúmeros pesquisadores têm voltado seus esforços para o estudo dos telômeros, estruturas formadas por fileiras repetitivas de proteínas e DNA não codificado que formam as extremidades dos cromossomos. Os telômeros são comparados ao pequeno plástico localizado nas pontas de um cadarço. E seu papel está relacionado com a proteção do conteúdo genético. Estudos sugerem que modificações estruturais e funcionais dos telômeros, tais como seu encurtamento, induzidos por fatores genéticos e ambientes, estejam relacionadas a alguns fenótipos específicos e patologias graves relacionadas ao envelhecimento.

Em contrapartida, é possível retardar o encurtamento dos telômeros através, por exemplo, da suplementação de nutracêuticos, nutrientes altamente purificados de alimentos cujo consumo está associado com benefícios a saúde, incluindo prevenção e tratamento de doenças. Nessa perspectiva, Tsoukalas e Colaboradores (2019) publicaram no International Journal of Molecular Medicine um estudo cujo objetivo era avaliar os efeitos de uma combinação de suplementos nutracêuticos no comprimento dos telômeros em voluntários sem histórico de patologias.

Foram selecionados para o estudo 47 indivíduos com idade entre 40 e 55 anos. Todos eram saudáveis, não estavam em dieta restritiva e nunca haviam tomado suplementos. Os participantes foram divididos em dois grupos distintos: experimental (formado por 16 indivíduos que receberam a suplementação) e controle (composto por 31 sujeitos que não receberam nenhum suplemento). A suplementação consistia na ingestão de um mix de nutracêuticos, incluindo vitaminas, minerais, ácidos graxos poli e monoinsaturados, glutamina e coenzima Q10. A dose diária de todos os suplementos foi atribuída de acordo com as sugestões dos fabricantes e o período de suplementação durou de 6 a 12 meses.

Através da análise criteriosa dos dados gerados durante o estudo, os autores observaram que a administração oral de nutracêuticos afeta, favoravelmente, o comprimento dos telômeros, independente do sexo e da idade. Os responsáveis pelo artigo apontam que a manutenção do comprimento dos telômeros está relacionada com a capacidade dos nutracêuticos em atuarem em postos-chaves do metabolismo, controlando o estresse oxidativo e a inflamação crônica, além de modularem o processo de metilação do DNA.

Desde 2009, ano em que Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostal obtiveram o prêmio Nobel de medicina por descobrirem que a enzima telomerase pode proteger os cromossomos do envelhecimento e fazer com que eles regenerem seus telômeros prolongando a vida, inúmeros estudos vêm sendo realizados acerca desse tema. Dentro dessa perspectiva, os achados de Tsoukalas e Colaboradores (2019) nos mostram que temos uma poderosa ferramenta à nossa disposição para retardar o envelhecimento e prolongar a vida: os alimentos e seus compostos, reforçando a ideia de que uma boa saúde começa com uma boa nutrição.

Por Wenceslau Fernandes

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