A segunda infância, também conhecida como idade escolar, ocorre aos 7 anos e perdura até o início da adolescência, aos 12 anos. Nessa fase as crianças começam a ter uma etapa de crescimento que passa por um florescimento social e cognitivo, onde acabam tendo uma melhor compreensão da causalidade, categorização, conceitos espaciais, números e no raciocínio indutivo e dedutivo. Com esse período, eles já são capazes de correr, saltar e arremessar coisas de uma forma mais superior.
Durante essa fase, as crianças continuam a crescer e evoluir fisicamente, embora em um ritmo mais lento em relação a primeira infância, e normalmente não há diferença significativa entre meninos e meninas, fato o qual tende a se manter até a puberdade. Mas vale ressaltar que os hormônios tireoidianos e o GH, entre os 6 e 8 anos podem ocasionar a adrenarca e consequentemente o aumento da secreção de hormônios anabólicos adrenais, podendo ocasionar um pequeno pico de crescimento.
Proteína na segunda infância.
As proteínas são macronutrientes classificados como construtores, pois possuem a função de estruturar o crescimento de ossos, músculos e tecidos, além de atuar no sistema imunológico. Elas se tornam essenciais e importantes para construir sistemas orgânicos e estruturas corporais, e medeiam muitas funções fisiológicas ao longo da vida. A ingestão adequada de proteína faz com que a criança cresça de maneira correta para a idade, trazendo um bom desenvolvimento do tecido muscular e garantindo ossos mais fortes. Durante essa fase, tanto a nutrição como os fatores externos são igualmente importantes para o crescimento e desenvolvimento, como também são na primeira infância.
Estudo mostraram que a ingestão de proteína pode provocar efeitos benéficos ou prejudiciais, uma vez que, a ingestão elevada na infância pode estar associada a riscos de obesidade mais tarde na vida. A partir dessa ideia, a quantidade de proteína na dieta diária das crianças depende de fatores individuais e particulares, pois as necessidades de uma criança podem ser diferentes das de outras, dependendo da altura, idade, estado nutricional, hábitos, atividade física e outros.
A evidências atuais que sugerem que a atividade física aumenta as necessidades proteicas para apoiar o aumento de massa corporal magra devido às adaptações ao exercício. O crescimento também pode ser influenciado pelo nível de atividade física, pois os níveis moderados a altos de atividade física estão associados a maior massa magra e força muscular.
A importância de continuar se nutrindo.
O cérebro humano em desenvolvimento requer todos os nutrientes essenciais para formar e manter a sua estrutura. O desenvolvimento cognitivo da criança depende de uma alimentação adequada, e aqueles que não recebem nutrição suficiente correm alto risco de apresentar habilidades cognitivas prejudicadas.
A nutrição desempenha um papel essencial na saúde, função e desenvolvimento das crianças. E o cérebro na segunda infância necessita mais ainda de nutrientes essenciais, como as proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, minerais e água, para formar e manter a sua condição. Portanto a nutrição planejada é indispensável para o desenvolvimento e função do cérebro.
Micronutrientes como cálcio, ferro, zinco, vitamina C, D e E são identificados como relevantes para o desenvolvimento cognitivo e saudável, pois eles ajudam a desenvolver um sistema imunológico mais eficiente, contribuindo para a produção de células de defesa e anticorpos. Diante disso, a alimentação na infância é capaz de favorecer todo o desenvolvimento infantil, aumentar a imunidade, melhorar a aprendizagem e o sono, além de proporcionar mais disposição e energia, e muitos outros benefícios que podem refletir durante toda a vida.
As consequências da baixa ingestão de proteína.
A ingestão inadequada de proteínas na infância está diretamente associada ao crescimento reduzido e é indicativa de vários problemas psicossociais mais tarde na vida. Práticas alimentares inadequadas nessa fase podem, no futuro, repercutir de forma negativa no desenvolvimento das crianças e ocasionar implicações.
Os aminoácidos são fundamentais e seus níveis são diretamente proporcionais à nossa ingestão de proteína. E uma dieta pobre em proteína nas crianças tem um alto risco de desenvolver uma anemia, como também dificultar todo o seu crescimento, desenvolvimento e raciocínio.
Principais fontes de proteínas para as crianças
Agora iremos ver algumas fontes de proteínas de origem animal e vegetal para os cuidados e necessidades de crianças da segunda infância:
- Fonte animal: As proteínas de origem animal são de alto valor biológico, sendo encontradas em carnes, peixes, ovos, leite e seus derivados como o queijo, iogurte, entre outros;
- Fonte vegetal: As proteínas vegetais são uma boa fonte de muitos aminoácidos essenciais, e são macronutrientes encontrados no feijão, lentilha, ervilha, grão de bico e em grãos integrais como castanhas, nozes, pães com grãos germinados, entre outros.
A importância da suplementação.
A carência de macronutrientes como a proteína é um fator de risco para o adoecimento das crianças, pois elas são vitais para o funcionamento do organismo, atuando nas mais diversas funções. Entre os múltiplos fatores nutricionais que afetam o crescimento, é necessária proteína adequada para a síntese tecidual, além da quantidade necessária para manutenção das funções normais do corpo.
No entanto, sabemos que muitas vezes se torna difícil ter que suprir todas as quantidades essenciais de proteína por via alimentar, e o uso de suplementação na segunda infância acaba se tornando importante para garantir as necessidades ideias. O que torna seu consumo de suma importância para o desenvolvimento saudável, principalmente durante a fase final da infância.
De acordo com um estudo publicado em 2023 no National of Library of Medicine, os autores sugerem que a ingestão ideal de proteínas na segunda infância ficaria entre 15-20% da ingestão calórica total, ou seja, se uma criança consome 100 calorias por dia, ela teria que ingerir cerca de 50g de proteína todos os dias para garantir suas funções normais.
Conclusão
É importante compreender que uma gama de fatores atua no crescimento e desenvolvimento saudável, e a deficiência ou comprometimento de um dos aspectos citados pode causar impactos negativos na evolução do desenvolvimento infantil. Por isso, que ter uma boa ingestão de proteína e de nutrientes essenciais como o cálcio, ferro e zinco é indispensável para a manutenção da saúde de crianças em plena atividade.
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Referências
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