Sobrepeso e Obesidade: Alternativas de Tratamento com Alimentos Especiais

As mudanças sociais que cercam o mundo atual fizeram com que comportamentos alimentares acompanhassem o ritmo tecnológico acelerado, no qual as escolhas dietéticas passaram a ser influenciadas por ambientes ditos “obesogênicos”, este termo refere-se à facilidade de alternativas alimentares com baixo teor nutritivo e maior concentração em gorduras, originando diversas consequências à saúde social. O ganho de peso indesejado, que leva ao sobrepeso e à obesidade, tornou-se o principal impulsionador do aumento global das doenças crônicas não transmissíveis.

Conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabólica a obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).16

Por causa dos estigmas psicológicos e sociais que acompanham o excesso de peso e a obesidade, as pessoas afetadas por essas condições também são vulneráveis ​​à discriminação em sua vida pessoal e profissional, baixa autoestima e depressão. Essas sequelas médicas e psicológicas da obesidade contribuem para a perda prematura de vidas.1 Tal como acontece com outras doenças crônicas, a obesidade resulta de uma interação entre a predisposição genética de um indivíduo para ganho de peso e influências ambientais. É importante reconhecer que obesidade é doença crônica. Nos últimos anos, novas descobertas nos campos do controle neuroendócrino e gastrointestinal do apetite e do gasto de energia avançaram muito.

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Sobre a Obesidade

A fisiopatologia da obesidade inclui duas discussões paralelas: uma do ponto de vista energético e outra do ponto de vista nutricional, obesidade-independente e obesidade-dependente das comorbidades.3 O peso corporal do indivíduo adulto é estável e refratário a alterações de aumento ou diminuição a curto prazo sob condições ambientais constantes, sendo assim o peso corporal/adiposidade são ativamente regulados ou defendidos.4 Estudos sugerem que a adiposidade/peso corporal elevados em muitos indivíduos obesos é defendida tal como em indivíduos de peso normal.5

Estudos sugerem uma predisposição genética para a obesidade. No entanto, apenas alguns genes com grande efeito no IMC foram identificados até agora, são os genes que codificam componentes da sinalização da leptina e melanocortina. Ao contrário destes casos monogenéticos, acredita-se que a obesidade comum está associada a um grande número de genes com pequenos efeitos. Amplamente aceita-se é que a obesidade resulta de uma interação entre ambiente/estilo de vida e suscetibilidade genética.

Obesidade: Fator de Risco para Doenças Crônicas não Transmissíveis

A obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão e acidente vascular cerebral e várias formas de câncer (OMS, 2020).15 A obesidade, particularmente aquela localizada na região abdominal, pode elevar o risco da ocorrência de diabetes tipo II em dez vezes.17-19

A hipertensão arterial, é associada a fatores familiares, genéticos e ambientais, prevalece seis vezes mais em obesos do que em não obesos.2 A diabetes mellitus e a hipertensão arterial juntas elevam o risco de doenças cardiovasculares, que por sua vez representa a primeira causa de óbito no Brasil.18-19

Figura 2. Comorbidades relacionadas a obesidade.

Alternativas de Tratamento: Alimentos Especiais

Uma das alternativas para o uso da dietoterapia é implementar suplementos que contenham baixo teor calórico e que sejam de alto valor nutritivo. Um Alimento para redução de peso por substituição parcial das refeições é segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), classificado como “alimentos especialmente formulados e elaborados de forma a apresentar composição definida, adequada a suprir parcialmente as necessidades nutricionais do indivíduo e que sejam destinados a propiciar redução do peso corporal.”20

A perda de peso leva a inúmeros benefícios metabólicos, sem dúvidas. Contudo, sem uma adequada nutrição ao longo do processo, o individuo pode comprometer seu estado saudável. Nos casos em que a dieta é a opção onde consegue atenuar o quadro de obesidade, elementos como aminoácidos, proteínas, vitamina e minerais devem estar bem dispostos na rotina.

Suplementos hiperprotéicos são compostos primordialmente de proteínas e aminoácidos e tem como objetivo o anabolismo muscular ou diminuir o seu catabolismo. Proteínas isoladas do leite por exemplo possuem geralmente cerca de 90% de proteína, com remoção quase total de gorduras, lactose e compostos bioativos do leite. Ajudam na saciedade dos pacientes, diminuindo o pastejo (beliscadas) durante o dia-a-dia.

Em termos de carboidratos, optar por aqueles de menor índice glicêmico torna-se uma alternativa mais interessante. Um exemplo de suplemento é o Waxy Maise: extraído de amido do milho ceroso. Sua absorção gradual é capaz de evitar picos glicêmicos e insulinêmicos, auxiliando no controle da glicemia e do apetite, contribuindo para a redução da gordura corporal.2

Conclusão

A obesidade é uma doença crônica, que cresce exponencialmente em todo o globo.20 Para a realização do diagnóstico de obesidade é preciso que seja avaliado o índice de Massa Corporal (IMC) do paciente no qual os valores superiores a 30kg/m2 confirmam um quadro de obesidade.Através do acompanhamento médico e multidisciplinar será designado individualmente o melhor tratamento ao paciente.

A implementação de dietoterapia, procedimentos farmacológicos ou até mesmo intervenção cirúrgica pode fazer parte do tratamento. Independente do selecionado para esses casos, a suplementação de nutrientes essenciais (aminoácidos, proteínas, agentes antioxidantes, vitaminas e minerais) na dieta do paciente é fundamental.

 

 

“As informações aqui contidas possuem, unicamente, caráter informativo e não substituem o acompanhamento médico e/ou nutricional.”


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Referências

1. Purnell JQ. Definitions, Classification, and Epidemiology of Obesity. 
2. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional deSaúde,2019
3. R.J. de Souza, G.A. Bray, V.J. Carey, et al.Effects of 4 weight-loss diets differing in fat, protein, and carbohydrate on fat mass, lean mass, visceral adipose tissue, and hepatic fat: results from the POUNDS LOST trial Am J Clin Nutr, 95 (2012), pp. 614-625 CrossRefView Record in ScopusGoogle Scholar.
4. M.W. Schwartz, R.J. Seeley, L.M. Zeltser, et al. Obesity pathogenesis: an Endocrine Society scientific statement Endocr Rev, 38 (2017), pp. 267-296 CrossRefView Record in ScopusGoogle Scholar
5. K.D. Hall, J. GuoObesity energetics: body weight regulation and the effects of diet composition Gastroenterology, 152 (2017), pp. 1718-1727.e3 ArticleDownload PDFView Record in ScopusGoogle Scholar.
6. A.E. Locke, B. Kahali, S.I. Berndt, et al.Genetic studies of body mass index yield new insights for obesity biology Nature, 518 (2015), pp. 197-206 CrossRefView Record in ScopusGoogle Scholar.
7. J.R. SpeakmanThrifty genes for obesity, an attractive but flawed idea, and an alternative perspective: the ‘drifty gene’ hypothesis Int J Obes (Lond), 32 (2008), pp. 1611-1617 CrossRefView RecordinScopusGoogle Scholar.
8. D.J. BarkerDevelopmental origins of adult healthanddiseaseJEpidemiolCommunityHealth,58(2004),pp.114115CrossRefView Record inScopusGoogleScholar.
9. P.Cordero,J.Li,J.A.ObenEpigenetics of obesity: beyond the genome sequence Curr Opin Clin Nutr Metab Care, 18 (2015), pp. 361-366 CrossRefView Record in ScopusGoogle Scholar.
10. SBCBM – SociedadeBrasileiradeCirurgiaBariátrica.Acirurgiabariátrica.Disponívelem
11. Mechanick JI, Youdim A, Jones DB, et al. Clinical practice guidelines for the perioperative nutritional, metabolic, and nonsurgical support of the bariatric surgery patient-2013 update: Cosponsored by American association of clinical endocrinologists, the obesity society, and American society for metabolic & bariatric surgery. Obesity 2013;21: S1-27.
12. Parrott J, Frank L, Rabena R, et al. American Society for Metabolic and Bariatric Surgery Integrated Health Nutritional Guidelines for the Surgical Weight Loss Patient 2016 Update: Micronutrients. Surg Obes Relat Dis 2017; 13:727-41.
13. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 66p.ISBN 978-65-87201-25-2
15. WORLDHEALTHORGANIZATION.DiaMundialdaObesidade:Obesidadeesuasraízes.4mar.2020
16. SOCIEDADEBRASILEIRADEENDOCRINOLOGIAEMETABÓLICA.OBESIDADE. 14nov.2008.
17. BlumenkrantzM.Obesity: the world’s metabolic disorder. http://www.quantumhcp.com.obesity. htm (acessado em 01/Mar/2004)
18. Secretaria de Políticas Públicas de Saúde, Ministério da Saúde. 
19. Mariath AB, Grillo LP, Silva RO, Schmitz P, Campos IC, Medina JR, Kruger RM. Obesidade e fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis entre usuários de unidade de alimentação e nutrição. Cad Saude Publica. 2007 Apr;23(4):897-905
20. Arroyo-Johnson C, Mincey KD. Obesity Epidemiology Worldwide. Gastroenterol Clin North Am. 2016 Dec;45(4):571-579.20. ANVISA. Portaria nº 30, de 13 de janeiro de 1998. 

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